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Bissau: Dia do trabalhador guineense é marcado por denúncias de sindicatos

A Guiné-bissau assinalou o dia nacional do trabalhador. A data foi marcada por denúncias da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné contra os governantes. Mas, para o Governo, este a DW.

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), a maior central sindical da GuinéBissau, denunciou, esta quartafeira (03.08), em Bissau, várias situações que vão contra o povo e, em particular, os trabalhadores no país. As denúncias marcaram o dia do trabalhador guineense na capital, Bissau.

Conhecida também como o dia dos Mártires de Pindjiguiti, a data foi assinalada com uma martrabalhadores portuários foram mortos pelo então regime colonial, por reclamarem melhores condições de trabalho.

Após a marcha, o secretáriogeral da UNTG, Júlio Mendonça, discursou na sede da central sindical.

Em declarações à DW África, e sem avançar nomes, o sindicalista denunciou a compra de casas na Europa por parte dos que “todos os governantes, os micompra de imóveis em Portugal, e outros em Dakar, no Senegal”.

“Isto está a olhos nus. Você tem um ministro ou secretário de Estado que não passa um ano em funções, já tem mais de seis imóveis construídos no país e tem apartamentos em Portugal, isso não é segredo para ninguém”,

Mais de sessenta anos depois do massacre de Pindjiguiti, e numa altura em que o país registou várias greves só este ano, o secretário-geral da UNTG considera que os trabalhadores vivem em piores condições, se comparadas com a realidade que antecedeu o dia 3 de Agosto de 1959.

“Na altura, os trabalhadores reivindicavam o aumento de salário e, actualmente, temos o problema de pagamento do salário”, disse.

A UNTG está impedida de reaprocesso judicial intentado por um dos candidatos à liderança da - do recente, dirigentes da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné foram detidos e manifestações dos trabalhadores foram reprimidas.

Para Júlio Mendonça, a UNTG tem sido alvo de perseguições. “Todos os políticos e governantes da Guiné-bissau não gostam da UNTG, porque sentem que a - comoda. A nossa preocupação é - nesses políticos, porque não serão eles a criar o bem-estar do povo”,

Num acto paralelo com outros sindicatos, o ministro das Obras Públicas, Fidelis Forbs, em nome do Executivo, respondeu à preocupação dos trabalhadores da Administração dos Portos da GuinéBissau (APGB).

Para o ministro das Obras Públicas, a data não é apropriada para debater sobre os problemas sociais e salariais dos empregados das plataformas marítima e portuária. “A data serve apenas para

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2022-08-05T07:00:00.0000000Z

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