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Eni atrás de parceiro para mais perfurações na Área 4 da Bacia do Rovuma

A petrolífera italiana Eni está à procura de um parceiro para conduzir as operações de perfuração no mar (offshore), junto à Área 4 da Bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado.

Texto: Redacção Foto: O País

Segundo o anúncio feito esta quarta-feira, 13 de Setembro, pela empresa, que já explora e exporta o gás natural liquefeito do projecto Coral-sul, com a plataforma a ser contratada, deverão ser desenvolvidas actividades de perfuração, complemento e teste de quatro poços, com a previsão de arranque para o terceiro trimestre do próximo ano.

De acordo com a Agência de Informação de Moçambique (AIM), a Eni não avança os objectivos das novas perfurações. Porém, nos últimos tempos, a concessionária da Área 4 da Bacia do Rovuma está a preparar uma segunda plataforma flutuante, cópia da primeira, que será designada de “Coral-norte”, para duplicar a extracção do gás ao largo da costa Norte de Moçambique.

A segunda plataforma é vista pela companhia italiana como a forma mais eficiente de maximizar a rentabilização dos recursos de gás descobertos na reserva Coral, um segundo projecto FLNG.

O investimento previsto é de sete mil milhões de dólares e vai ainda ser sujeito à aprovação do Governo moçambicano. Se o cronograma correr como previsto, a plataforma começará a produzir no segundo semestre de 2027, ou seja, poderá arrancar ainda antes dos projectos

em terra, que dependem de implicações de segurança devido à insurgência armada em Cabo Delgado.

A Coral-norte ficará estacionada dez quilómetros a norte da Coral-sul, cuja produção arrancou em Novembro, tornando-se no primeiro projecto a tirar proveito das grandes reservas da Bacia do Rovuma.

O projecto FLNG Coral-norte será uma réplica do Coral-sul, a 50 quilómetros da costa e ligado a seis poços submarinos a dois mil metros de profundidade. Ao mesmo tempo, será desenvolvido, na Área 4, um bloco de prospecção e produção de hidrocarbonetos localizado nas águas profundas da Bacia do Rovuma.

A Eni Rovuma Basin (ERB) é o operador-delegado do projecto. A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture em co-propriedade da Exxonmobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão. A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm, cada uma, uma participação de 10%.

Na Área 4, foram descobertos recursos significativos de gás natural recuperáveis, incluindo o reservatório Coral-sul, onde já se encontra em operação uma fábrica flutuante de produção de gás natural liquefeito (FLNG), designada por Coral-sul.

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2023-09-22T07:00:00.0000000Z

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