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Produção das seguradoras nacionais cresceu 10,8% ano passado

Texto: edmilson lambo Foto: O País

A produção global das empresas de seguros no país registou, em 2021, um crescimento de 10,8%, acima do dobro da expansão de 4,9%, observada no ano de 2020. A informação é avançada pelo Banco de Moçambique, através do relatório sobre a estabilidade financeira de 2021.

O Banco de Moçambique, por via do seu relatório sobre a estabilidade Financeira 2021, refere que, para esta evolução, “foi determinante o aumento da produção tanto do ramo vida, com 9,4%, como do ramo não vida, com 11,0%”, acrescentando que esta evolução do sector segurador no país “tem sido acompanhada pelo aumento das subscrições de seguros por parte de empresas e indivíduos, facto motivado, em parte, pelas perspectivas de recuaccionistas peração económica”.

Consta do documento do Ministério da Economia e Finanças que a produção global cresceu, no período em análise, em cerca de 430 milhões de Meticais, determinada pela produção do ramo não vida, cuja contribuição para a produção total se situou em cerca de 380 milhões de Meticais, o que representa 86,1% do total do sector.

A situação financeira e patrimonial do sector de seguros em Moçambique registou, ano passado, um crescimento do património líquido de 17,6%, comparativamente ao ano anterior, situando-se em cerca de 18,4 mil milhões de Meticais, conforme avança o Executivo. Assim, o facto de os capitais próprios registarem crescimentos consecutivos nos últimos anos indica que o sector segurador tem, para o Banco Central, “uma certa margem para amortecer uma provável demanda resultante de um contexto adverso que o país possa, eventualmente, atravessar.”

O Banco de Moçambique considera que a diversificação da composição dos activos “é importante de modo a garantir a observância dos imperativos relativos à segurança, liquidez e rentabilidade.”

Nesta perspectiva, no fim de 2020, a estrutura dos investimentos representativos de provisões técnicas do sector de seguros moçambicano continuou a ser dominada pelos investimentos financeiros com cerca de 82% do total, enquanto os investimentos em edifícios representavam 18%, estando o seu peso a declinar nos últimos anos.

Refere-se igualmente que, no conjunto de investimentos financeiros, o peso da componente da dívida pública tem estado a incrementar nos últimos anos, tendo transitado de cerca de 6% cento em 2015 para cerca de 21% em 2021.

Esta postura sinaliza a preferência do sistema financeiro, no geral, e do sector de seguros, em particular, por aplicações em títulos de renda fixa públicos, em detrimento de aplicações em outros instrumentos de dívida corporativos (designadamente acções e obrigações), incrementando a exposição do sector de seguros ao risco soberano e com o potencial de impactar a estabilidade financeira como um todo.*

ECONÓMICO

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2022-08-05T07:00:00.0000000Z

2022-08-05T07:00:00.0000000Z

http://digital.opais.co.mz/article/281522229851408

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