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Roque Silva chama de antipatriotas os críticos da entrada de tropas estrangeiras no país

O secretáriogeral da Frelimo, Roque Silva, insurgiu-se ontem contra os parlamentares e comentaristas políticos que criticam a presença de tropas estrangeiras que combatem o terrorismo em Cabo Delgado e acusou-os de moçambicanos insensíveis e antipatriotas

Texto: Redacção Foto: O País

Roque Silva, sem apontar nomes, falando no distrito de Nhamatanda, em Sofala, vindo do distrito de Gorongosa, em visita de trabalho, acrescentou que tais comentários visam desencorajar os países que estão a ajudar Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado. “Não são discursos que devem ser assumidos como nacionalistas. Não são discursos de um indivíduo que assume Moçambique como sua pátria, nem são discursos de pessoas que sabem valorizar a vida de pessoas que viram os seus sas a serem raptados e degolados e a verem as suas infra-estruturas a serem queimadas e destruídas”, começou a sua crítica Silva.

Para Roque Silva, os moçambicanos deviam encorajar o Governo em todos os aspectos no combate ao terrorismo.

“Deviam encorajar o Presidente Filipe Nyusi e estes países que, com muito carinho e muito amor, estão no nosso país a combater o terrorismo para estabelecer a província de Cabo Delgado. O terrorismo, meus irmãos, não tem amigos. Não podemos desencorajar aqueles que estão na mata a lutar contra este mal. Não podemos desencorajar os militares do Ruanda ou a força da SADC, porque um dia o mes temente combatido, pode bater a porta de cada um de nós em qualquer ponto do país. E, neste dia, quando raptarem um dos nossos parentes e degolar, tal como têm feito em Cabo Delgado, aí sim, passarão a saber da importância do apoio que estamos a ter dos países que estão a ajudar-nos”, avançou. Roque Silva acrescentou que o terrorismo não tem rosto e que a união dos moçambicanos com apoio estrangeiro é a única arma que o pode derrotar e defendeu a solidariedade no combate ao terrorismo.

“Temos que dar força às tropas do Ruanda e da SADC e às nossas FDS que estão a lutar noite e dia contra o terrorismo, visando conquistar a paz em Cabo Delgado. Ir ao parlamento falar mal dos esforços que estão a ser feitos não é fazer política. Isso não é democracia. É perder sentido de identidade. É perder o amor da sua própria pátria. Mesmo se existissem alguns problemas a serem resolvidos, eles não podem pôr em causa o bem comum, que é a vida dos nossos conterrâneos e estrangeiros que estão a sofrer em Cabo Delgado. Este país só pode crescer se todos nós nos unirmos em volta de um objectivo comum, nomeadamente a consolidação da paz e a reconciliação nacional”, terminou.

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2021-12-03T08:00:00.0000000Z

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