INSS precisa de possuir uma estratégia estruturada que incorpore, de forma sistematizada, as linhaschave de orientação de toda a actividade do sector, a médio e longo prazos

O Millennium bim realizou, entre os meses de Agosto e Setembro, a segunda edição do passatempo “Grandes Mulheres, Grandes Soluções” premiando, uma vez mais, projectos de negócios desenvolvidos por mulheres, que se destacam pela sua inovação, pela sua criatividade, bem como pela sua capacidade de criar soluções para os desafios do dia-a-dia, estimulando a produção local.

Segundo um comunicado de imprensa emitido pelo banco, esta iniciativa contribuiu para a inclusão financeira da mulher moçambicana, uma vez que promove o empoderamento feminino e a valorização do seu papel no desenvolvimento social e económico do país.

Das inscrições enviadas pelas mulheres clientes do Millennium bim para participação no concurso, 10 foram consideradas elegíveis, das quais foram premiadas três com as melhores ideias de negócio, de médio e longo prazo.

As vencedoras, designadamente, Karen De Maya e Epifánia, da Cidade de Maputo, que obteve 179 pontos, com um projecto de criação de uma empresa para venda e distribuição de cosméticos e produtos de limpeza; Maida Langa, residente em Tete, acumulando 110 pontos, apresentou uma solução de negócio na área de ornamentação de festas assente na ideia de decoração de eventos com recursos personalizados; Elsa Rogério, da província de Inhambane, obteve 107 pontos, com a criação e registo de uma empresa que opera no sector de floricultura.

Todas as premiadas foram seleccionadas após uma avaliação criteriosa, que teve em conta requisitos como a criação de valor e motivação para os seus negócios.

“Sendo a mulher um verdadeiro motor da economia informal no país, procurámos com este tipo de iniciativa promover a inclusão financeira das mesmas, através da criação de incentivos e estímulos que fomentem a adesão à economia formal”, disse Liliana Catoja, administradora do Millennium bim, referindo-se à intenção do banco com esta iniciativa.

Segundo Catoja, o Millennium bim fomenta esperança através da materialização de iniciativas que contribuam positivamente para a mudança social e económica de classes sociais mais vulneráveis, bem como para o empoderamento das mulheres, cujo papel é descrito como sendo importante para o desenvolvimento do país.

Durante o lançamento da consulta pública para a elaboração do Plano Estratégico do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) para os próximos cinco anos, a ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, disse que, no âmbito da materialização do Programa Quinquenal (PQG 2020-2024), o Governo comprometeu-se, na área da administração do trabalho e segurança social, a prosseguir com a consolidação das reformas orientadas à melhoria constante dos serviços prestados aos utentes.

“Para lograrmos este desiderato, foram definidas medidas de impacto a serem materializadas pelo nosso ministério, através do INSS, sendo de destacar, a modernização dos serviços prestados pelo INSS; o alargamento do âmbito pessoal e territorial dos serviços prestados pelo INSS; e a garantia da sustentabilidade financeira da Segurança Social Obrigatória”, disse Talapa.

A governante considera que, para a correcta materialização das medidas acima referidas, o INSS precisa de possuir uma estratégia estruturada que incorpore, de forma sistematizada, as linhas-chave de orientação de toda a actividade do sector, a médio e longo prazos, por um lado.

Por outro, Talapa defende a clarificação, formal, da estratégia de negócios do INSS, tanto para os funcionários e gestores, quanto para os demais actores interessados nas suas acções.

“Assim, e para que o instrumento a elaborarmos reflicta não só as sensibilidades dos parceiros sociais, como também dos demais actores políticos, económicos e sociais, directa ou indirectamente, interessados na vida do INSS é pertinente que o processo inicie por uma consulta pública”, acrescentou.

Os contributos resultantes da consulta para a Elaboração do Plano Estratégico do INSS (20222027) deverão servir de fundamento para estabelecermos os pilares para o reposicionamento da instituição para que este passe a responder, cada vez melhor, aos anseios de todos os agentes das suas envolventes transacional e contextual.

“Temos a esperança de que vamos obter, de toda a sociedade, valiosas contribuições sobre qual deve ser o papel e formas de actuação do INSS, de modo que este seja, de facto, o provedor de serviços de segurança social que os parceiros sociais e de cooperação; o Governo; os contribuintes, os beneficiários, os pensionistas e todas as entidades colectivas e singulares interessadas na reputação e imagem do INSS almejam”, enfatizou.